Biografia do autorJoaquim Manuel de Macedo, nasceu em Itaboraí, RJ, em 24 de junho de 1820 e faleceu no Rio de janeiro,RJ, em 11 de abril de 1882.Formou-se em Medicina pela faculdade do Rio de Janeiro, clinicou algum tempo no interior do estado do Rio.No mesmo ano da formatura (1844) publicou A Moreninha, que lhe deu fama e constituiu uma pequena revolução literária inaugurando, inaugurando o romance nacional, pois foi o primeiro romance urbano do Brasil.Alguns estudiosos consideram que a heroína do livro é uma transposição da sua namorada e futura mulher, Maria Catarina de Abreu.Em 1849 , fundou com Gonçalves Dias a revista Guanabara, onde apareceu grande parte do seu poema – romance A nebulosa.
Abandonou a medicina e foi professor de História e Geografia do Brasil no Colégio Pedro II. Era muito ligado à família Imperial, pois foi preceptor dos filhos da princesa Isabel.Militou no partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza de princípios, como provam seus discursos parlamentares.Foi deputado provincial e deputado geral ( 1864-68) Membro muito ativo do Instituto Histórico( desde 1845) e do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866).Nos últimos anos de sua vida , sofreu de problemas mentais, vindo a falecer antes de completar 62 anos.
Obras principais - poesia: A Nebulosa, 1857 - romance: A Moreninha, 1844; O Moço Loiro, 2 vols., 1845; Os Dois Amores, 2 vols., 1848; Rosa, 1849; Vicentina, 1853; O Forasteiro, 3 vols., 1855; A Carteira de meu Tio, 2 vols., 1855; Os Romances da Semana, 1861; Memórias do Sobrinho do meu Tio, 1867; O Rio do Quarto, 1869; As Vítimas-Algozes, 1869; A Namoradeira, 1870; As Mulheres de Mantilha, 1870; Um Noivo e Duas Noivas, 1871; Memórias da Rua do Ouvidor, 1878 - teatro: O Cego, 1849; Cobé, 1852; O Fantasma Branco, 1856; O Primo da Califórnia, 1858; O Sacrifício de Isaac, 1859; Luxo e Vaidade, 1860; O Novo Otelo, 1863; Vingança por Vingança, 1877; Antonica da Silva, 1880; etc.
Características Literárias do autor
Autor do primeiro romance urbano do Romantismo brasileiro, Joaquim Manuel de Macedo teve também o mérito de popularizar esse novo gênero entre os leitores, principalmente da classe média, além de contribuir para propagar de forma considerável a circulação dos folhetins, verdadeiros veículos literários do século XIX. Mais do que isso, a fidelidade com que o romancista descreve os ambientes e costumes serve como um verdadeiro documentário sobre a vida urbana na capital do Império. No entanto, Macedo pecou ao ter como único objetivo escrever seus romances para agradar a classe média brasileira, principal consumidora dos folhetins. Suas publicações seguem sempre a mesma fórmula empregada em A Moreninha, que o consagrou como um dos escritores mais lidos do Romantismo. Suas narrações e descrições, apesar de possuírem uma linguagem muitas vezes bem elaborada, perde em muito para o lirismo encontrado nas obras de José de Alencar. Suas personagens são sempre superficiais, com diálogos construídos numa linguagem simples. Não possuem uma penetração psicológica. O enredo sempre gira em torno dos mesmos temas: amores impossíveis, dúvidas e segredos, namoricos, festas, brincadeiras estudantis, entre outros. Tudo é recheado por um tom doméstico, onde todas as tramas sempre convergem para um final feliz.
Resumo da obra A Moreninha
Augusto, Leopoldo e Fabrício estavam conversando quando o estudante de medicina, Filipe, convida seus colegas para uma comemoração na ilha de Paquetá, onde mora sua avó, D. Ana, uma senhora muito simpática de 60anos.Os estudantes aceitam o convite com entusiasmo, exceto Augusto, Filipe, para atraí-lo à ilha, faz referência ao baile de domingo, em que estarão presentes suas primas: a pálida, Joana, de 17 anos, Joaquina, loira de 16 e sua irmã, D.Carolina, uma moreninha de 15. Isso resulta numa discussão e dá origem a uma aposta: Filipe desafia Augusto dizendo que se ele não se apaixonasse por uma das moças ali presentes, no prazo de um mês, seria obrigado a escrever um romance sobre sua história.
Após quatro dias, Augusto recebeu uma carta, entregue por seu empregado Rafael, amando de Fabrício.A carta dizia que o namoro de Fabrício com D. Joaninha não estava indo muito bem, pois ela era muito exigente, ele então pede ajuda a Augusto para se livrar da namorada: “Eis aqui , Augusto, o lamentável estado em que me acho.Lembra-te que foram teus conselhos que me obrigaram a experimentar uma paixão romântica, portanto , não só por amizade, como por dever, conto que me ajudarás no que te vou propor, eu preciso de um pretexto mais ou menos razoável para descartar-me da tal “pálida”. (p.26). O desejo de Fabrício é que durante a estada em Paquetá, Augusto a conquistasse e Fabrício, fingindo ciúmes, terminaria o namoro com ela.
Na manhã de sábado, Augusto se encontra com seus amigos na ilha. Entra na casa, se dirige à sala onde se apresenta, em seguida vai procurar um lugar para sentar perto das moças. Observa detalhadamente cada mocinha que está na sala, porém não consegue observar detalhadamente uma: trata-se de Carolina, a moreninha. A imagem que Augusto teve dela foi a seguinte: “O nosso estudante não pode dizer com precisão nem o que ela é, nem o que não é: acha-a imprudente, caprichosa e mesmo feia, e pretende trata-la com seriedade e estudo, para nem desgostar a dona da casa, nem se sujeitar a sofrer as impertinências e travessuras que a todo momento a vê praticar com os outro...”(p.29). Augusto não encontra um lugar para sentar perto das moças e acaba sentando perto de D. Violante, uma senhora , já viúva, que lhe oferece um assento. Ela por várias horas fala de suas doenças e Augusto já irritado de ouvir tantas reclamações, fala que ela sofre apenas de hemorróidas.D.Violante se irrita, afirmando que os médicos da atualidade não sabem o que falam.Fabrício chega interrompendo a conversa e chama Augusto para um diálogo em particular.Os dois começam a discutir sobre a carta , pois Augusto afirma que não pretende ajudá-lo em seu namoro com D.Joaninha.Fabrício declara guerra a Augusto.Logo após a discussão, chega Filipe chamando-os para o jantar..Na mesa, após todos terem se servido, Fabrício começa a falar em tom alto sobre a inconstância amorosa de Augusto.Ele,por sua vez não responde as provocações, mas na tentativa de se defender, acaba agravando mais a sua situação perante todos.
Após o jantar,todos passeiam no jardim e Augusto é isolado por todas as moças.Apenas D. Ana aceita passear com ele.Augusto tenta dar explicações à D.Ana, mas prefere ir a um lugar mais reservado, ela sugere então que fossem até uma gruta, onde sentam num banco de relva.Começam a conversar e Augusto conta a D.Ana que seu coração já tem dona, uma menina que , por acaso encontrou numa praia, quando ele tinha treze anos. Explica que nesse dia, eles auxiliaram a família de um pobre moribundo que lhes dá um breve como sinal de eterno amor: o da menina contem o camafeu de Augusto e o dele o botão de esmeralda da garota.O rapaz não a esquece e como não sabe seu nome, passa a tratá-la por minha mulher.
Acabada a história, Augusto levanta-se para tomar água. Ao pegar um copo de água é interrompido por D.Ana que resolve contar a história da gruta, que consiste na lenda de uma moça que se apaixonara por um índio que não a amava e de tanto ela chorar deu origem a uma fonte, cuja água era encantada.Conta também que quem bebesse daquela água teria o poder de adivinhar os sentimentos alheios e não sairia da ilha sem se apaixonar por alguém. D. Ana explica que a moça cantava uma canção muito bela quando de repente eles escutam uma linda voz.Augusto pergunta a D. Ana de onde vinha aquela melodia e ela explica que era Carolina que cantava sobre a pedra da gruta e ele fica encantado.
Logo após o passeio, todos tomam café e a moreninha derrama o café de Fabrício sobre o Augusto.Ele vai se trocar no gabinete masculino quando Filipe sugere que ele se troque no gabinete feminino para ver como é.
Augusto aceita e enquanto se troca, ouve as vozes das moças que iam em direção ao gabinete.Apavorado, pega rapidamente suas roupas e se enfia debaixo de uma cama.As moças entram, sentam-se e começam a conversar sobre assuntos particulares.O rapaz ouve toda a conversa e quase não resiste ao ver pernas bem torneadas de Gabriela na sua frente.De repente, ouvem um grito e Joaninha fala que a voz parece com a de sua prima D. Carolina.Todos correm para ver o que está acontecendo e Augusto aproveita para terminar de se trocar e sai do gabinete para ver a causa daquele grito.O grito era da Moreninha que viu sua ama Paula caída no chão, devido alguns goles de vinho que tomara junto do alemão Kleberc.Carolina não quer acreditar que sua ama estivesse bêbada e levam-na para o quarto. A moreninha estava desesperada quando Augusto, Filipe, Leopoldo e Fabrício entram no quarto e percebendo a embriaguez da velha senhora começam a dar diagnósticos absurdos.Carolina só acredita em Augusto e não aceita o verdadeiro motivo do mal–estar de sua ama.
Todos saem do quarto e se dirigem até o salão de jogos. Augusto vai conversar com D. Ana e pergunta sobre o paradeiro da moreninha.A senhora avisa que a moça está no quarto cuidando se sua ama.Augusto vai até o aposento e vê uma cena inesquecível: D. Carolina lavava com suas delicadas mãos os pés de sua ama e ele comovido se oferece para ajudá-la.Deixam a ama repousar e Carolina vai se trocar para ir ao sarau, coloca um vestido muito bonito,mas fora dos padrões normais,pois mostra parte da suas pernas .Todos querem dançar com ela e Fabrício pede a terceira dança,mas a garota mente dizendo que ira dançar com Augusto, este por sua vez dança e jura amor eterno a todas as moças , inclusive para a moreninha.No fim da festa, Augusto encontra um bilhete no paletó, dizendo para ir à gruta num certo horário,o bilhete logo dizia : “ Senhor, uma jovem que vos ama e que de vós escutou palavras de ternura, tem um segredo a confiar-vos.Ao raiar da aurora a encontrareis no banco de relva da gruta, sede circunspecto e vereis a quem, por meia hora ainda , quer ser apenas uma incógnita”. (p.105) .E logo após encontra outro, que o avisa se tratar aquilo de uma armadilha : “Senhor: - Uma moça , que nem é bonita nem namorada, mas que quer interessar-se por vós, entende que deve prevenir-vos que no banco de relva da gruta não achareis ao amanhecer uma incógnita, porém sim conhecidas que pretendem zombar de vós, porque esta mesma noite jurastes amar a cada uma delas em particular.Não procureis adivinhar quem vos escreve, porque apesar de ser vossa amiga, serei por agora -uma incógnita.” (p.106)
No dia seguinte, o estudante vai até a gruta no horário marcado e encontra as quatro jovens e antes que elas possam falar são surpreendidas pelo rapaz que conta o que ouvira no gabinete.As moças ficam revoltadas e depois de irem embora Augusto é surpreendido pela moreninha que começa a contar a conversa dele com D. Ana, mas primeiro ela bebe um copo da água da fonte encantada, logo após o susto, ele declara-se a ela.
Chega a hora da despedida,Augusto não consegue pensar em outra coisa senão em Carolina .Recorda-se da meiguice dela, quando lavava os pés da escrava. Retorna no domingo para vê-la , e continua com seus galanteios:
-Eu não perguntei a quem o senhor amava.
-Quer que lhe diga?
-Eu não pergunto.
-Posso eu faze-lo?
-Não.. não lho impeço.
- É a senhora.
Dona Carolina fez-se cor de rosa e só depois de alguns instantes pôde perguntar, forcejando um sorriso:
-Por quantos dias?
- Oh! para sempre... e a senhora não me revela o nome do feliz?
-Eu não, não posso...
-Mas por que não pode?
-Porque não devo.
- E nunca dirá?
- Talvez um dia.... quando estiver certa que ele não me ilude. (p.134)
O pai de Augusto, ao visitá-lo, resolve impedir o retorno dele à ilha, quer vê-lo estudando e tranca-o no quarto.
Augusto fica tão abatido, que durante uma semana não consegue deixar o leito, sendo necessária a presença de um médico. Na ilha ,a moreninha se desespera até saber que o rapaz estava doente. No domingo, coloca-se no rochedo, esperando o barco, enquanto canta a balada da índia Ahy e seu amor pelo índio Aiotin.O pai de Augusto, vendo que estava prestes a perder o filho, acha melhor que ele vá pedir a mão da moreninha em casamento. Ao chegar próximo à ilha, vêem a moreninha cantando sobre a pedra , e ela ao vê-los, ignora-os. D. Ana vai recebê-los e o pai de Augusto explica toda a situação e em seguida faz o pedido diretamente a moreninha, quando esta já está na sala, pois seu filho não é corajoso suficiente. A moça fica assustada e fala que dará a resposta mais tarde na gruta. Augusto, ansioso, vai até a gruta e a encontra, os dois conversam e ela pergunta se ele ainda ama a menina da praia.Ele responde que não, que seu amor pertence somente a ela. Ela diz que não poderá se casar pois ele já é comprometido com outra.Irritado, ao sair da gruta, é surpreendido quando ela lhe mostra o breve verde. Augusto não agüenta a emoção e pegando o breve se ajoelha aos pés da donzela reconhecendo o seu camafeu. O pai de Augusto e D. Ana entram na gruta e não entendem o que está acontecendo e Augusto diz que encontrou sua mulher e a moreninha diz que eles são velhos conhecidos.
Filipe, Leopoldo e Fabrício podem ver a alegria do novo casal,mas Felipe vai logo dizendo que já se passara um mês, e que Augusto perdeu a aposta e deveria escrever um romance. Ele surpreende a todos dizendo que o romance já estava pronto e se intitulava A Moreninha:
-Estamos no dia 20 de agosto: um mês!
-É verdade! Um mês! exclamou Felipe.
-Um mês! Gritaram Fabrício e Leopoldo.
-Eu não entendo isto! Disse a senhora D.Ana
-Minha boa vó, exclamou Felipe, isto quer dizer que Augusto deve-me um romance.
-Já está pronto, respondeu o noivo.
-Como se intitula?
-A Moreninha. (p.156)
Questões da obra A moreninha
Leia o fragmento e responda:
Chegou o sábado. O nosso Augusto , depois de muitos rodeios e cerimônias pediu finalmente licença para ir passar o domingo na ilha de ... e obteve em resposta um não redondo, jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse a palavra nem faltasse à honra, julgou muito conveniente trancá-lo no seu quarto.
Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com fortes meios erro palmar, principalmente no caso em que se acha o nosso estudante, o amor é um menino doidinho e malcriado que , quando alguém intenta refreá-lo , chora, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda mais que solto e livre, prudente é facilitar-lhe o que deseja para que ele disso se desgoste... amor é um anzol que ,quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente, donde se não é com jeito destravado, por mais força que se faça mais o maldito rasga, esburaca e se aprofunda... aqui o nosso estudante foi às nuvens , saltou exasperado fora do leito em que se achava deitado, passeou a largos passos experimentou se podia arrombar a porta ,fez mil planos de fuga , esbravejou, escabelou-se e como nada disso lhe valesse, atirou com todos os seus livros para baixo da cama e deitou-se de novo, jurando que não havia de estudar dois meses.
( A moreninha, fragmento,p.252)
Atividade
1- A escola literária da obra em questão é :
a- Realismo
b- Arcadismo
c- Modernismo
d- Romantismo
2- A protagonista da obra é
a- Joaninha
b- Clementina
c- Quinquinha
d- Carolina
3- São características da escola literária que corresponde ao livro:
a- A materialização do amor
b- O determinismo
c- A idealização da mulher
d- A objetividade dos fatos
4- No fragmento escolhido “o amor é um menino doidinho e malcriado que , quando alguém intenta refreá-lo , chora, esperneia, escabuja, e no outro “... amor é um anzol que ,quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente... temos uma figura de linguagem chamada :
a) metonímia
b) personificação
c) metáfora
d) antítese
5- Na oração “saltou exasperado fora do leito em que se achava deitado, passeou a largos passos experimentou se podia arrombar a porta ,fez mil planos de fuga , esbravejou...” o significado dos termos grifados respectivamente é:
a- irritado , gritou
b- enfurecido, pediu
c- encolerizado, domesticou
d- bravo; admirou
6- Marque a alternativa incorreta no que diz respeito ao fragmento analisado:
a- Vemos no trecho a concepção de amor idealizado, intenso, que exerce poder absoluto.
b- O narrador deixa claro que tentar vencer o amor por meio da força é um grave erro, principalmente no estado que Augusto se encontra.
c- O pai não se preocupa em preservar a honra do filho, pois este não eraum valor importante para a época.
d- A atitude de Augusto é semelhante a de uma criança impedida de fazer o que se deseja, esperneia, esbraveja e tenta fugir.
7- (UFPE/2009) O movimento Romântico contribuiu para as mudanças no mundo cultural do século XIX, fazendo contraponto com muitas idéias do cientificismo da época. No Brasil, o Romantismo:
A) diferiu bastante das manifestações européias, sendo marcado pela originalidade de seus poetas e filósofos.
B) se firmou mais no campo das manifestações literárias,embora não tivesse relações com temáticas nacionalistas.
C) buscou exaltar o amor e a libertação da mulher, embora não tenha contribuído para o culto a feitos heróicos.
D) teve autores importantes na literatura, muitos deles preocupados, em suas obras, com a questão da nacionalidade.
E) incorporou idéias de Rousseau na produção de seus autores, embora as obras desses autores não tenham tido maiores repercussões.
08. (ARL) Sobre o contexto histórico-literário da obra “A Moreninha” e seu autor, analise as afirmações a seguir.
I. Joaquim Manuel de Macedo foi o primeiro romancista a alcançar sucesso junto ao novo público romântico formado por jovens senhoras e estudantes.
II. O contexto da publicação da obra revela um Rio de Janeiro imperial e seus costumes urbanos.
III. A burguesia mantém-se como personagem e consumidor dos romances românticos, fato esse herdado da estética literária anterior.
Quais são corretas?
A) Apenas I
.B Apenas I e II.
C) Apenas II e III.
D) Apenas I e III.
E ) I, II e III.
09 (ARL) Marque V (verdadeiro) ou F (falso) sobre o romance urbano “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo.
( ) Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta era válida. A aposta foi feita em 20 de julho de 18... uma segunda-feira, e termina no dia do pedido de casamento, 20 de agosto do mesmo ano.
( ) Quando a história se inicia, Augusto está no quinto ano de Medicina e conquistara, entre os amigos, a fama de inconstante.
( ) Nos capítulos VII e VIII, o autor conta-nos a origem da instabilidade amorosa do herói. Tudo começara há oito anos, quando Augusto contava 13, e Carolina 7 ou 8 anos
de idade.
( ) O foco narrativo é de 1ª pessoa, pois é Augusto que conta a história após a perda da aposta feita com Fabrício.
A seqüência correta é:
A) V V V F
B) V V F F
C) F F F F
D) V F V V
E) F V F V
10- (UFPI) Sobre o romance “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, leia o trecho reproduzido e responda à questão seguinte.
“Entre os rapazes, porém, há um que não está absolutamente satisfeito: é Augusto. Será porque no tal jogo da palhinha tem por vezes ficado viúvo?... não! ele esperava isso como castigo da sua inconstância. A causa é outra: a alma da ilha de ... não está na sala! Augusto vê o jogo ir seguindo o seu caminho muito em ordem; não se rasgou ainda nenhum lenço, Filipe ainda não gritou com a dor de nenhum beliscão, tudo se faz em regra e muito direito; a travessa, a inquieta, a buliçosa, a tentaçãozinha não está aí: D. Carolina está ausente!...
Com efeito, Augusto, sem amar D. Carolina, (ele assim o pensa) já faz dela idéia absolutamente diversa da que fazia ainda há poucas horas. Agora, segundo ele, a interessante Moreninha é, na verdade, travessa, mas a cada travessura ajunta tanta graça, que tudo se lhe perdoa. D. Carolina é o prazer em ebulição; se é inquieta e buliçosa, está em sê-lo a sua maior graça; aquele rosto moreno, vivo e delicado, aquele corpinho, ligeiro como abelha, perderia metade do que vale, se não estivesse em contínua agitação. O beija-flor nunca se mostra tão belo como quando se pendura na mais tênue flor e voeja nos ares; D. Carolina é um beija-flor completo.”
MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. L&PM: Porto Alegre, 2001.p. 123-124.
10- . A única alternativa incorreta sobre a obra e o trecho lidos é:
A) O cotidiano burguês do século XIX é apresentado em diversos capítulos, detalhando os hábitos e costumes da época.
B) A comparação de D. Carolina a um beija-flor é um recurso estilístico próprio do Romantismo, e serve para enfatizar o caráter idealizador sobre a figura feminina.
C) A inquietação de Augusto é causada pela ausência de D. Carolina, e não pelo fato de o jogo estar monótono.
D) Augusto começa a enxergar a jovem D. Carolina como uma mulher sedutora e extravagante, após alguns dias devidamente instalado na ilha de...
E) A obra sugere, em seu final, que o romance é resultado da derrota de Augusto
na aposta realizada com seu amigo Filipe.

Cade o gabarito?
ResponderExcluirGabarito?
ResponderExcluirGabarito?
ResponderExcluirjá estamos em 2020 e não tem gabarito
ResponderExcluir